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sexta-feira, 18 de julho de 2008

Conversores de TV Digital

Para utilizar sua TV Digital, é necessário ter um conversor apropriado para isso (também chamado set-top box ou caixa conversora. O conversor é fundamental porque o que muda com a TV digital é a transmissão do sinal, e não apenas a qualidade da imagem. Cada elemento da tela passará a ser enviado em códigos binários (seqüências de 0 e 1), linguagem igual à dos computadores. Para que os televisores "entendam" o novo sinal será necessário um "tradutor", o tal conversor de TV digital. Testamos três modelos; veja aqui qual se adapta mais às suas necessidades. Conversores de TV Digital Com a chegada da TV Digital na cidade do Rio de Janeiro em meados de junho, já são quatro as regiões metropolitanas (São Paulo, Belo Horizonte, Brasília e Rio) que contam com essa nova tecnologia de transmissão. Vale lembrar que a TV Digital estará presente em todo território nacional até 2016, época em que o governo pretende tirar do ar o atual sistema analógico. Depois de um período de euforia e até mesmo de confusão, onde as características da TV Digital se confundiram com a popularização das TVs de LCD e Plasma, podemos ter uma visão clara das vantagens e desvantagens desse admirável mundo novo. As principais mudanças trazidas por essa novidade são imagem e som de maior qualidade, além de mobilidade, portabilidade, multiprogramação e também a possibilidade de o telespectador interagir com os programas da TV. Se a TV digital ainda não se consolidou, pelo menos já mostra sinais de como podemos tirar proveito dela sem jogar dinheiro fora. Mas afinal, o que é TV Digital? Enquanto LCD e Plasma são tecnologias de reprodução de imagem, a TV Digital se refere ao modo de transmissão: é o sinal que sai das antenas das emissoras que está mudando e, com essa mudança, será possível transmitir imagens em alta-definição. Com a TV, o processo é similar ao ocorrido com os aparelhos celulares, que, quando chegaram por aqui eram analógicos e atualmente são digitais. Só um pouco mais complicado. A maioria das transmissões abertas de TV no Brasil ainda é analógica. Apenas uma parte passou, no dia 2 de dezembro de ser digital, em uma transição gradativa ao longo dos próximos dez anos. Do lado dos aparelhos de TV, no entanto, já existem vários modelos digitais à venda há um bom tempo: as tecnologias digitais de imagem mais difundidas são o Plasma e o LCD. Só que, se você comprar uma dessas TVs hoje em dia, ela não será capaz de, sozinha, reproduzir as imagens do novo padrão de TV. Por quê? Porque o modelo de TV Digital escolhido pelo Brasil é único. Ele foi baseado no padrão japonês, mas sofreu adaptações locais. Assim, para que o seu televisor "entenda" o novo padrão, ele precisa de um "tradutor": um conversor digital (também chamado set-top box ou caixa conversora). Resumindo: tanto uma super moderna tela de LCD de 50 polegadas, quanto aquela TV velhinha, de 14 polegadas, só conseguirão "entender" os sinais digitais do padrão brasileiro com a ajuda de um set-top box. Vale lembrar que os conversores têm três funções, de acordo com o Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital:

- converter o sinal digital para recepção nos atuais televisores analógicos ou os de Plasma e LCD. A partir de 2008, os monitores já terão o conversor embutido;

- criar interatividade entre telespectador e programa;

- gravar programas em um disco rígido chamado PVR (Personal Vídeo Recorder), semelhante aos antigos videocassetes.

Nem todos os conversores contam com as três funções habilitadas. Alguns apenas convertem o sinal, outros oferecem também interação e os demais criam recursos adicionais, como gravar programas. É preciso escolher o modelo de acordo com seu perfil: Quer interação? Quer apenas o sinal? Quer todas as funções? Quanto mais recursos, maior o preço?

Pensando nisso, o Laboratório Digital desse mês fez uma análise comparativa com os principais conversores digitais disponíveis no mercado.


Os participantes

Convidamos para nosso comparativo a maioria das empresas do mercado que já comercializam conversores para TV Digital, e três delas atenderam ao nosso convite: a Philips com o DTR1007/78, o DigiTV HD da Positivo e o HDTV Bravia DMX-DT1, da Sony. A grande ausente foi a Semp Toshiba que, infelizmente, não tinha um equipamento disponível na época em que os testes foram realizados.

Todos os três equipamentos participantes são desenvolvidos no Brasil com tecnologia nacional e, por causa disso, saíram com um preço bem acima do estimado pelo governo. A boa notícia é que esses valores tendem a cair com o passar do tempo e a aumento da demanda.


Particularidades de cada modelo

Cada conversor analisado parece ter um público alvo em mente. O DigiTV HD da Positivo (R$ 699) é, por enquanto, o conversor mais em conta do mercado; possui recursos simples e é um dos únicos capaz de funcionar em TVs convencionais sem entrada de vídeo, via canal 3 ou 4. Desde o seu lançamento, seu firmware (parte responsável por detalhes como informação sobre o componente instalado e pelo mecanismo de funcionamento) passou por várias atualizações e ajustes finos, que tornaram o seu uso bem mais agradável. Seu controle remoto só funciona com o conversor e, ao contrário dos concorrentes, todos os seus comandos estão em português. Para reinicializar o equipamento e/ou instalar um novo firmware basta inserir um memory key com o novo código e desligar o aparelho da tomada. O sistema reinicia toda a vez que o mesmo é reconectado à rede elétrica.

Já o Bravia DMX-DT1 da Sony (R$ 999) foi criado especificamente para trabalhar com os aparelhos de TV da linha Bravia, de modo que o produto em si é praticamente uma caixa preta, que se conecta diretamente nas TV e aparelhos de som da marca. A vantagem dessa solução é que o conversor se integra perfeitamente aos recursos da TV, com a vantagem de ser possível operar o conversor pelo mesmo controle remoto. No final das contas, essa solução não é muito diferente da oferecida pelos aparelhos de TV com conversor integrado, caso da Samsung e da LG, principalmente se a intenção é de comprar o conversor e a TV ao mesmo tempo.

O DTR1007/78 da Philips (R$ 899) por sua vez, pode ser usado em praticamente qualquer televisão convencional, menos naquelas equipadas apenas com entrada para antena de TV. Além das saídas de vídeo analógico e HDMI (tecnologia de conexão capaz de lidar com áudio e vídeo simultaneamente), o DTR1007/78 também possui saída de vídeo componente, S-Video e som estéreo SPDIF (formato utilizado para transferir informações de áudio digital de um equipamento para outro), e até uma porta de rede padrão Ethernet. Essa porta pode ser uma indicação de que o mesmo já está preparado para a segunda fase da TV digital: a interatividade.

Seu controle remoto também pode ser usado para controlar outros equipamentos, como o aparelho de TV e reprodutor de DVD, desde que fabricados pela Philips. Uma curiosidade desse conversor digital é que ele também pode ser usado como media player. Basta conectar um dispositivo de armazenamento USB que o mesmo é capaz de reproduzir imagens em JPEG, músicas em MP3 e vídeos em MPEG2 (esquema de codificação/decodificação de sinais digitais de vídeo). Como o DigiTV da Positivo, o firmware do DTR1007/78 da Philips pode ser atualizado pelo próprio usuário.

Sob testes

No geral, todos os conversores funcionam essencialmente do mesmo modo e tem as mesmas funções básicas, ou seja, vasculham e memorizam canais, apresentam informações sobre a programação, horários e até mesmo o tempo restante para o programa terminar (caso do Philips). Também oferecem controle de acesso, que permite selecionar quais canais podem ser assistidos e quais terão o acesso bloqueado.

Apesar das inúmeras semelhanças, notamos que um recurso que diferencia um modelo de outro é a capacidade de sintonizar canais, em especial os de sinal mais fraco. Assim, utilizamos uma antena externa UHF ligada aos três conversores e iniciamos o processo de varredura e identificação dos canais. Contamos o número de estações que cada equipamento programou.

Nesse teste, o conversor da Positivo identificou 9 canais, enquanto que os equipamentos da Sony e da Philips selecionaram 11 canais. Observamos, porém, que os canais não identificados pela Positivo não estão entre as grandes emissoras de TV do mercado.

Nossas conclusões

Analisando todas as informações coletadas e reforçando o fato de que cada um dos três receptores digitais parece atender a um segmento de mercado específico, concluímos que o DigiTV da Positivo (R$ 699) se posiciona como a solução mais em conta para os interessados em assistir à TV Digital, mesmo que seja em um aparelho de TV bem simples. Seu desempenho e sua experiência de uso, no entanto, ficam abaixo dos concorrentes.

O Bravia DMX-DT1 da Sony (R$ 999), por sua vez, é um equipamento muito bom e honesto, mas é um produto totalmente voltado para o universo Sony, o que o coloca fora dessa disputa.

Resta então o DTR1007/78 da Philips (R$ 899), que apresentou o mesmo desempenho da Sony e conta com vários recursos interessantes, diferencial que o coloca como um dos mais versáteis desse comparativo. Assim, elegemos o DTR1007/78 da Philips como a escolha do Olhar Digital desse mês.



Leia a Tabela comparativa em: http://olhardigital.uol.com.br/laboratorio_digital/materia.php?id_conteudo=5722


Fonte: Olhar Digital - Laboratório Digital

1 comentários:

alvis disse...

The advantage of this solution is that the converter integrates seamlessly with the TV features, with the advantage of getting able to operate the drive by the same remote control.

Conversor Digital

 
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